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Drogas em Frutos do Mar: Estudo Identifica Contaminação por Cocaína em Santos.

  • Foto do escritor: Portal de Notícias - GNTV
    Portal de Notícias - GNTV
  • 8 de set.
  • 2 min de leitura

Um estudo, liderado pelo oceanógrafo Camilo Dias Seabra (Unifesp/Unesp), detectou cocaína, seu metabólito benzoilecgonina e diversos fármacos em peixes, ostras e mexilhões no Baía de Santos. A pesquisa foi  e apresentada no Fapesp Week Illinois, em Chicago.


Seabra, que investiga há mais de uma década a poluição por drogas e medicamentos na região, destacou que os crustáceos apresentaram toxicidade moderada ao contato com cocaína e losartan (medicamento para pressão), enquanto os peixes foram afetados pela benzoilecgonina. A presença de substâncias como cafeína, carbamazepina e orfenadrina também foi confirmada nos organismos marinhos.


Ele explicou que a detecção de cocaína pura — e não apenas seu derivado — sugere que parte da droga é descartada diretamente no mar, possivelmente a partir do porto de Santos, uma rota de tráfico conhecida.


Além disso, a falta de tratamento de esgoto na região — agravada por habitações irregulares em palafitas e pelo lançamento de dejetos in natura por um emissário submarino — intensifica a contaminação.


Detalhes do Estudo


  • O estudo destaca que o tráfico de drogas na área portuária de Santos pode ser um dos fatores responsáveis pela contaminação.


  • Genético e histórico revelam que a cocaína já aparece na região desde a década de 1930, mas com concentrações muito mais altas nas últimas décadas.


  • Estudos laboratoriais anteriores apontaram que os mexilhões-marrons acumulam cocaína em níveis mais de mil vezes superiores aos da água, além de alterações neurológicas, hormonais e reprodutivas.



Foto: Reprodução/valor.globo.com
Foto: Reprodução/valor.globo.com

Impacto Ecológico e Risco à Saúde


  • A presença de cocaína em organismos marinhos comestíveis — como peixes, ostras e mexilhões — configura risco para a saúde humana, multiplicado pela bioacumulação desses contaminantes.


  • A contaminação está fortemente associada à ausência de tratamento de esgoto e à largura das áreas irregulares com palafitas, especialmente em São Vicente, cujos resíduos despejados no mar contribuem para a poluição.


  • O Emissário Submarino de Santos, que joga esgoto a 4 km da costa sem o devido tratamento, acentua o problema.


O estudo apresentado evidencia um problema emergente na Baía de Santos: a infiltração de cocaína e possivelmente outras substâncias químicas em organismos aquáticos que chegam à mesa do consumidor. A bioacumulação elevada e os efeitos toxicológicos nos animais marinhos reforçam a urgência em tratar o esgoto, fortalecer o monitoramento ambiental e aprofundar a investigação dos riscos à saúde pública.







Fonte: A Tribuna.



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