Trump ameaça cancelar encontro e aumentar tarifas contra China, após decisão do governo chinês.
- Portal de Notícias - GNTV

- 10 de out.
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O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump reagiu com tom duro ao anúncio da China de novas restrições à exportação de terras raras, insumos estratégicos imprescindíveis para indústrias de alta tecnologia. Em postagem na rede Truth Social, Trump disse ter sido pego de surpresa pela medida, chamou o gesto de “hostil” e afirmou que “há nenhuma razão” para manter encontro agendado com o presidente chinês Xi Jinping durante a cúpula da APEC, na Coreia do Sul.
Como represália, ele ameaçou impor tarifas “massivas” a produtos chineses, algo que, segundo ele, já está sendo calculado pelas autoridades americanas.
Trump lembrou que os Estados Unidos já aplicam tarifas com média de aproximadamente 55% sobre bens chineses, entre taxas recíprocas, medidas contra o tráfico de fentanil e impostos estabelecidos em seu primeiro mandato.
Trump afirmou ainda que a China comunicou a diversos países seu plano de restringir exportações de “cada elemento de produção relacionado às terras raras, e praticamente tudo mais que possam imaginar, mesmo que não seja fabricado na China”. Ele afirmou que várias nações o procuraram manifestando revolta com o que descreveu como ato inesperado de agressão comercial global.
O mercado reagiu prontamente: as bolsas dos EUA registraram queda, e investidores buscaram ativos mais seguros como títulos do Tesouro.
A decisão da China de incorporar cinco novos materiais ao controle de exportação, e de exigir aprovação para imãs e produtos que contenham traços de terras raras, mesmo que não produzidos no país, intensificou os temores quanto ao impacto nas cadeias globais de suprimento.
Esses insumos são essenciais em setores sofisticados, como veículos elétricos, defesa, semicondutores e tecnologia médica. A China domina boa parte da produção e do processamento dessas matérias-primas, o que lhe confere influência decisiva nas negociações internacionais.
Analistas consideram que a movimentação chinesa, feita justamente antes de uma reunião diplomática importante, busca obter maior poder de barganha. A retaliação de Trump pode reacender uma guerra comercial entre as duas maiores potências mundiais, com consequências imprevisíveis para o comércio e para as cadeias de produção globais.




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