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Queda de avião no Pantanal mata o arquiteto Kongjian Yu e mais três; investigação é aberta.

  • Foto do escritor: Portal de Notícias - GNTV
    Portal de Notícias - GNTV
  • 24 de set.
  • 3 min de leitura

Um avião de pequeno porte caiu na noite de terça-feira (23) na zona rural de Aquidauana, no Pantanal sul-mato-grossense, e as quatro pessoas a bordo morreram, segundo autoridades e veículos de imprensa.


A queda ocorreu nas proximidades da Fazenda Barra Mansa, local conhecido por receber turistas e por ter sido usado como cenário de gravações, e aconteceu quando a aeronave — segundo relatos de testemunhas — tentava arremeter antes do pouso, pegando fogo ao atingir o solo.

O arquiteto chinês Kongjian Yu, o documentarista Luiz Ferraz, o diretor de fotografia Rubens Crispim Jr. e o piloto Marcelo Pereira de Barros morreram na queda de um avião em Aquidauana, no Pantanal de Mato Grosso do Sul — Foto: Montagem/g1.
O arquiteto chinês Kongjian Yu, o documentarista Luiz Ferraz, o diretor de fotografia Rubens Crispim Jr. e o piloto Marcelo Pereira de Barros morreram na queda de um avião em Aquidauana, no Pantanal de Mato Grosso do Sul — Foto: Montagem/g1.

Foram identificados como vítimas o piloto e proprietário da aeronave, Marcelo Pereira de Barros, e os cineastas brasileiros Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz e Rubens Crispim Jr., além do renomado arquiteto e urbanista chinês Kongjian Yu, reconhecido internacionalmente pelo conceito das “cidades-esponja”. Todos tiveram morte confirmada no local; conforme as primeiras apurações, os corpos ficaram carbonizados, o que deve exigir exames complementares para confirmação definitiva das identidades.


Kongjian Yu, de 62 anos, era referência mundial em soluções de infraestrutura baseada na natureza para controle de enchentes e havia vindo ao Brasil para participar de eventos e registrar experiências relacionadas ao seu trabalho — ele e a equipe estavam no Pantanal para a produção de um documentário sobre o tema.


A aeronave envolvida foi identificada como um Cessna 175 (Skylark), prefixo PT-BAN, fabricada na década de 1950, registrada em nome de Marcelo Pereira de Barros, que pilotava o avião no momento do acidente. Consultas ao registro aeronáutico e informações repassadas por órgãos e veículos apontam que a aeronave estava regular quanto à aeronavegabilidade, mas não possuía autorização para operar como táxi aéreo — dado que pode ter implicações na apuração operacional das circunstâncias do voo.


Equipes do Corpo de Bombeiros foram deslocadas para a região e trabalharam por várias horas em um local de difícil acesso; o resgate e o trabalho pericial levaram cerca de nove horas nas primeiras operações, segundo os relatos oficiais. As autoridades informaram que o estado das vítimas e as circunstâncias do acidente tornam necessário um procedimento detalhado de investigação. A Força Aérea Brasileira, por meio do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV) e do Cenipa, foi acionada para conduzir a ação inicial e a coleta de dados técnicos, ao lado da Polícia Civil local, que abriu inquérito para apurar as causas.


Fontes jornalísticas também relatam que o piloto, conhecido na região por atuar com voos privados no Pantanal, já era figura conhecida no meio local; investigações preliminares vão tentar esclarecer se houve falha mecânica, erro operacional, condições meteorológicas adversas ou outra causa para a arremetida e a subsequente queda e explosão. Além disso, trata-se do segundo acidente aéreo registrado na região em setembro, o que reforça a atenção das autoridades para fatores de segurança operacional no bioma.


A morte de Kongjian Yu, em particular, já provocou repercussão internacional e homenagens de entidades ligadas à arquitetura e ao urbanismo; colegas e autoridades destacaram a importância do seu legado sobre adaptação das cidades às mudanças climáticas. No âmbito local, produtores e equipes que trabalhavam no documentário e gestores da Fazenda Barra Mansa colaboram com as investigações e com o socorro inicial. As apurações seguem em curso e o relatório final técnico deverá ser publicado pelo Cenipa quando concluída a análise.

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