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Protestos no Marrocos organizados por jovens deixam mortos, feridos e centenas de detidos.

  • Foto do escritor: Portal de Notícias - GNTV
    Portal de Notícias - GNTV
  • 2 de out.
  • 2 min de leitura
Foto: Abdel Majid Bziouat/AFP
Foto: Abdel Majid Bziouat/AFP

As ruas do Marrocos enfrentam uma onda de protestos organizada pelo grupo autodenominado GenZ 212, que têm mobilizado jovens em diversas cidades exigindo reformas sociais, melhores escolas e hospitais. As manifestações têm se intensificado desde sábado, e nesta quarta-feira (2) ocorreu o episódio mais grave até agora, com mortes, feridos e prisões.


Motivações e contexto


O movimento GenZ 212 (uma alusão à Geração Z e ao indicativo telefônico “212” do Marrocos) surgiu em plataformas digitais como Discord, TikTok e Instagram como resposta à desigualdade social, à deterioração dos serviços públicos, desemprego juvenil, inflação e ao sentimento de abandono por parte do governo.


Os manifestantes denunciam que o país está investindo fortemente em estádios e na preparação para eventos esportivos internacionais — como a Copa do Mundo de 2030 (que o Marrocos vai coorganizar com Espanha e Portugal) — enquanto escolas e unidades de saúde enfrentam sérios problemas. Um dos slogans mais repetidos tem sido: “Os estádios estão aí, mas onde estão os hospitais?”


Na cidade de Lqliaa, nos arredores de Agadir, as autoridades confirmaram que dois manifestantes morreram durante confrontos com a polícia. O conflito ocorreu após um grupo de manifestantes tentar invadir e incendiar parte de uma delegacia de polícia. Em resposta, foram usados gás lacrimogêneo e, segundo relatos oficiais, armas de fogo.


Além disso, houve um grande número de feridos: 263 pessoas entre as forças de segurança e 23 civis, conforme dados do governo. Também foram registradas dezenas de prisões — mais de 400 detidos em várias cidades.


Carros da polícia, veículos particulares e prédios foram vandalizados ou incendiados durante os protestos. Em algumas localidades, manifestantes teriam usado coquetéis molotov, pedras e armas brancas.


Reação oficial e propagação


O Ministério do Interior afirma que o uso da força, inclusive armas de fogo, foi em legítima defesa, diante da tentativa de invasão de delegacia e de ataques aos agentes da ordem.


Enquanto isso, os protestos se espalharam por diversas cidades, incluindo Oujda, Inzegane e arredores de Agadir. Jovens têm convocado novas manifestações para as noites seguintes.


Dimensão e impacto


Ao menos 300 feridos foram contabilizados nos confrontos feitos até o momento.


Mais de 400 pessoas detidas, segundo autoridades.


Vários danos a infraestrutura: viaturas policiais e carros particulares queimados, prédios públicos afetados.


Os manifestantes exigem respostas do governo para problemas antigos e urgentes como saúde pública precária, educação debilitada, desemprego juvenil e desigualdade entre regiões.

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