Plano de Tump para futuro de Gaza envolve ex-primeiro-ministro britânico.

Há um plano em discussão para criar uma autoridade de transição internacional em Gaza, o chamado Gaza International Transitional Authority (GITA), que seria instalada depois que cessar o conflito entre Israel e Hamas.

Nesse projeto, Tony Blair — ex-primeiro-ministro do Reino Unido — é cotado para presidir essa autoridade transitória.

Foto: Stefan Rousseau/ Reuters

A ideia é que essa autoridade funcione como poder político e jurídico supremo de Gaza durante um certo período, possivelmente até cinco anos.

A proposta conta com o apoio dos Estados Unidos, de países do Golfo e da ONU, embora haja fortes críticas, especialmente de lideranças palestinas. Uma das preocupações centrais é que o plano possa marginalizar o papel da Autoridade Palestina no West Bank (Cisjordânia).

Segundo o plano, GITA inicialmente operaria fora de Gaza (possivelmente a partir do Egito), até que a situação de segurança permitisse seu funcionamento dentro da Faixa de Gaza. A autoridade transitória teria poderes para supervisionar reconstrução, questões legais, administrativas, diplomáticas e de segurança, inclusive nomeando ministérios técnicos, juízes e órgãos administrativos.

Além disso, um ponto importante é que o plano ressalta que não haveria deslocamento permanente da população de Gaza. Qualquer autoridade de transição deveria, ao final do período previsto, transferir o poder de volta à Autoridade Palestina.

Do lado crítico, lideranças palestinas apontam que Blair tem uma imagem controversa por seu envolvimento anterior com o Oriente Médio e, especialmente, por sua participação no governo britânico durante a Guerra do Iraque. Essas conexões fazem com que haja desconfiança quanto à imparcialidade de sua atuação.