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Mesmo boicotado por comitivas, Netanyahu diz: '' Ainda não acabamos com a guerra em Gaza''.

  • Foto do escritor: Portal de Notícias - GNTV
    Portal de Notícias - GNTV
  • 26 de set.
  • 2 min de leitura

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, voltou a endurecer o tom contra o Hamas e contra a criação de um Estado palestino em seu discurso nesta sexta-feira (26) na Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Diante de um plenário esvaziado após a saída de mais de cem diplomatas em protesto, o líder israelense reafirmou que a guerra em Gaza continuará até que o grupo armado seja eliminado, mesmo em meio à crescente pressão internacional por um cessar-fogo e diante de uma crise humanitária sem precedentes na região.


Foto: Shannon Stapleton/ Reuters.
Foto: Shannon Stapleton/ Reuters.

Netanyahu rejeitou as recentes iniciativas de países como Reino Unido, França e Canadá, que anunciaram o reconhecimento de um Estado palestino, classificando a medida como “uma recompensa ao terrorismo”. Ao negar qualquer possibilidade de negociação política nesse momento, o premiê reforçou a visão de que Israel deve preservar controle absoluto sobre sua segurança, ainda que isso contrarie grande parte da comunidade internacional.


Politicamente, o discurso evidencia o isolamento de Israel em organismos multilaterais, num momento em que cresce a percepção de que a ofensiva em Gaza extrapola limites aceitáveis. As imagens de destruição e os números de vítimas — já na casa de dezenas de milhares de palestinos mortos, segundo estimativas de agências internacionais — têm mobilizado críticas severas de governos estrangeiros, que pedem responsabilização por supostas violações de direitos humanos.


Do ponto de vista humanitário, a guerra provocou o colapso da infraestrutura civil em Gaza, com hospitais sobrecarregados, falta de água potável e energia, além do deslocamento forçado de milhões de pessoas. Apesar disso, Netanyahu rejeitou as acusações de genocídio e afirmou que Israel não teria interesse em atingir civis, insistindo que o objetivo é apenas neutralizar o Hamas. Ele também direcionou parte do discurso aos reféns ainda mantidos no enclave, prometendo que seu governo não descansará até garantir a libertação deles.


A fala de Netanyahu reforça o dilema atual: enquanto Israel insiste em sua estratégia militar, parte significativa da comunidade internacional pressiona por uma solução política e por medidas urgentes de proteção à população civil. Essa tensão coloca em xeque não apenas o futuro imediato do conflito, mas também a viabilidade de negociações de paz no longo prazo.

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