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Israel ataca liderança do Hamas no Catar e provoca crise diplomática internacional.

  • Foto do escritor: Guarujá News Tv
    Guarujá News Tv
  • há 2 dias
  • 2 min de leitura

Israel lançou, nesta terça-feira (9), um ataque contra líderes do Hamas em Doha, capital do Catar, durante negociações sobre um possível cessar-fogo em Gaza. A ofensiva, inédita em território catariano, deixou pelo menos seis mortos e desencadeou forte reação internacional.


O alvo foi um complexo no distrito de Leqtaifiya, onde estavam reunidos dirigentes políticos do grupo Hamas. Entre as vítimas, segundo fontes locais, estão o filho de Khalil Al-Hayya – chefe da delegação do Hamas nas negociações – além de um assessor, três guarda-costas e um agente de segurança do Catar. Israel declarou que a ação foi uma resposta a ataques recentes do Hamas, incluindo o tiroteio em Jerusalém na véspera e os atentados de 7 de outubro de 2023.


Apesar da ofensiva, o Hamas afirmou que suas principais lideranças, como Khaled Mashaal, Zaher Jabarin e Mousa Abu Marzouk, sobreviveram. Israel nomeou a operação como “Pisgat HaEsh” e disse ter realizado o ataque de forma independente, com base em inteligência própria.


Fumaça é vista em Doha, no Catar, após explosões por conta de um ataque de Israel contra lideranças do Hamas que estavam na cidade, em 9 de setembro de 2025. — Foto: Ibraheem Abu Mustafa/ Reuters.
Fumaça é vista em Doha, no Catar, após explosões por conta de um ataque de Israel contra lideranças do Hamas que estavam na cidade, em 9 de setembro de 2025. — Foto: Ibraheem Abu Mustafa/ Reuters.

A ação colocou em risco as tratativas mediadas pelos Estados Unidos para um cessar-fogo, além de acordos envolvendo a libertação de reféns em Gaza.


Repercussão internacional


O governo do Catar classificou o episódio como uma violação “grave e inaceitável” de sua soberania e avalia rever seu papel como mediador das negociações. Países árabes, como Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes Unidos, também condenaram a ofensiva.


Na Europa, o chanceler alemão Friedrich Merz chamou o ataque de “inaceitável”, enquanto o primeiro-ministro britânico Keir Starmer disse que a ação ameaça agravar a crise regional e defendeu cessar-fogo imediato.


Nos Estados Unidos, a Casa Branca declarou que não foi consultada previamente e considerou a operação “infeliz”. O presidente Donald Trump teria dito ao emir do Catar que o episódio não deve se repetir. Já a ONU afirmou que o ataque representa uma grave violação do direito internacional.


Risco de escalada


O episódio abre um precedente diplomático delicado: é a primeira vez que Israel realiza um ataque militar em território do Catar, país considerado aliado estratégico no Golfo. Além de aumentar a tensão regional, a operação pode inviabilizar futuras negociações de paz e agravar a crise humanitária em Gaza.

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