Israel anuncia deportação de ativistas da flotilha Global Sumud que levava ajuda a Gaza.
- Portal de Notícias - GNTV

- 2 de out.
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O governo de Israel confirmou nesta quinta-feira (2) que vai deportar os ativistas internacionais que integravam a flotilha Global Sumud, uma iniciativa organizada por movimentos pró-Palestina para levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza e desafiar o bloqueio naval imposto por Tel Aviv. As embarcações, que partiram de Barcelona no início de setembro, tinham a bordo centenas de militantes de mais de 40 países e carregavam suprimentos como alimentos e medicamentos destinados à população palestina.

A Marinha israelense interceptou cerca de 30 barcos da flotilha na quarta-feira (1º), no mar Mediterrâneo. Segundo os organizadores, ao menos 223 pessoas foram detidas, incluindo 15 brasileiros. Entre eles está o ativista Thiago Ávila, conhecido por sua atuação em movimentos sociais no Brasil. Os detidos foram levados para portos israelenses e, de acordo com as autoridades, serão enviados de volta a seus países de origem nos próximos dias.
A iniciativa Global Sumud, cujo nome em árabe significa “resiliência”, contou com aproximadamente 45 embarcações e pretendia denunciar internacionalmente o bloqueio de Gaza, vigente desde 2007. Os organizadores afirmam que a interceptação foi ilegal por ter ocorrido em águas internacionais e acusam Israel de colocar em risco os passageiros, relatando manobras perigosas dos navios militares e tentativas de interromper as comunicações da flotilha.
O governo israelense, por sua vez, justifica a ação alegando razões de segurança, argumentando que o bloqueio marítimo é necessário para impedir que armas cheguem ao território controlado pelo Hamas. Críticos, no entanto, apontam que a medida agrava a crise humanitária em Gaza, onde a escassez de alimentos, medicamentos e energia tem sido denunciada repetidamente por organismos internacionais, incluindo a ONU.
A repercussão do caso deve se ampliar nos próximos dias, tanto por envolver cidadãos de diversas nacionalidades quanto pelo impacto simbólico da interceptação. Ativistas ligados à flotilha prometem manter pressão diplomática e realizar novas ações para denunciar o bloqueio. Enquanto isso, governos europeus e organizações de direitos humanos acompanham o processo de deportação dos detidos e pedem explicações a Israel sobre a operação.




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