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Indústria brasileira tem pior resultado em agosto nos últimos dez anos.

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    Portal de Notícias - GNTV
  • 24 de set.
  • 2 min de leitura

O setor industrial brasileiro registrou em agosto de 2025 o pior desempenho dos últimos dez anos, segundo levantamento divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O estudo mostra que houve retração significativa nos níveis de produção, emprego e investimento, o que acendeu um alerta sobre a fragilidade da atividade econômica no país.

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De acordo com os dados, o índice de evolução da produção caiu para 47,2 pontos, abaixo da linha de 50 que separa crescimento de retração, e atingiu o menor patamar desde 2015.


O emprego também apresentou queda, com o indicador recuando para 48,4 pontos, enquanto os investimentos no setor caíram para 54,4 pontos. Esse conjunto de resultados evidencia uma contração generalizada, que pressiona a capacidade de geração de vagas formais e de expansão das empresas.


O gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo, explicou que o principal fator que tem travado o crescimento da indústria é a elevada taxa de juros, que encarece o crédito, desestimula o consumo e torna o financiamento de novos projetos mais custoso. Para ele, esse cenário compromete a demanda por bens industriais e acaba levando à queda da produção e ao corte de empregos, além de reduzir o ritmo de investimentos necessários para modernização e expansão.


O fraco desempenho da indústria em agosto preocupa porque seus efeitos se espalham por toda a economia. Quando as fábricas reduzem a atividade, fornecedores, transportadoras e outros segmentos ligados à cadeia produtiva também sofrem impacto. Além disso, a queda da produção diminui a arrecadação de impostos e limita a capacidade do país de acelerar o crescimento econômico.


Especialistas apontam que a reversão desse quadro dependerá de mudanças no ambiente macroeconômico, especialmente de uma trajetória mais consistente de redução dos juros, acompanhada de medidas que incentivem o consumo e o investimento. Também destacam a importância de uma política industrial mais robusta, com reformas estruturais que devolvam competitividade ao setor.


O resultado de agosto, portanto, serve como um sinal de alerta para governo e empresários sobre os riscos de um enfraquecimento prolongado da indústria nacional, justamente em um momento em que o país busca recuperar dinamismo em meio a um cenário interno e externo desafiador.

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