Em reunião do Brics, Lula afirma que países do bloco são ''vítimas'' de práticas ilegais e chantagem tarifária.
- Portal de Notícias - GNTV

- 8 de set.
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Em 8 de setembro de 2025, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva — atualmente no comando da presidência rotativa do BRICS —, ocorreu uma cúpula virtual com aproximadamente 90 minutos de duração. Na ocasião, os líderes do Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e dos países admitidos recentemente (Egito, Indonésia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Etiópia) destacaram a urgência de enfrentar riscos crescentes associados a ações unilaterais, especialmente no comércio internacional.
Protecionismo e “chantagem tarifária”
Lula denunciou a normalização da “chantagem tarifária” como instrumento de dominação de mercados e intervenção em assuntos internos. Ele afirmou que diversos princípios fundamentais do comércio global — como o tratamento nacional e a cláusula de nação mais favorecida — foram desconsiderados em poucas semanas. Países do Sul Global estão sendo afectados por essas práticas comerciais injustas e ilegais.
Defesa da cooperação multilateral
O presidente destacou que o comércio e a integração financeira entre os membros do BRICS constituem uma estratégia confiável para enfrentar o aumento do protecionismo. Ele lembrou que o grupo representa cerca de 40% do PIB mundial, 26% do comércio internacional e quase 50% da população global, realçando o potencial para liderar uma “refundação” do sistema multilateral em bases modernas e adequadas às necessidades dos países em desenvolvimento.
Temas geopolíticos e ambientais
Além das questões comerciais, a reunião abordou conflitos globais como os da Ucrânia e da Faixa de Gaza, com Lula apelando por soluções pacíficas e legítimas para todas as partes envolvidasAgência GovTimes Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC. Ele também lançou propostas ambientais: sugeriu ao bloco apoiar a criação de um Conselho de Mudança do Clima na ONU e anunciou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, a ser lançado na COP30, em Belém, em novembro, com o objetivo de remunerar os serviços ecossistêmicos prestados pelos países em desenvolvimento.




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